domingo, 14 de setembro de 2014

A Busca

Assim era ela. 
Embriagava-se em tudo que fazia,
Tinha a necessidade disso, 
Mergulhava em loucos amores
Afundava num mar de música, 
Tudo a enchia da mais virgem magia.
Admiravam-na, criticavam-na, difamavam e protegiam
Enquanto ela nem conta disso se dava
Estando tão envolta na mais plena euforia.
Poucos sabia, porém,
Que as ações dela eram motivadas
Não por inocência e alegria de estar viva
Mas sim pelo medo da seca.
Após embriagar, a fonte morre, e vem a ressaca.
Maldita ressaca que arrasta e castiga,
E leva consigo a magia
Deixando o frio que assola o coração só
No mar vil da sóbria realidade.
Sendo assim, pensa ela,
É melhor enbriagar-se novamente
Do que destruir o ser e a mente.
Em outra busca ela se atira,
Sem medir consequências ou inseguranças.
Em busca dela irá também, você que se acha são.
Pois contra a Paixão não há remédio, 
Tratamento ou solução.



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