quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Geladinho

Era um dia qualquer. Sem expectativas além do esperado, ela sabia exatamente o que iria acontecer e ja estava conformada com isso. Era assim todos os dias, as coisas aconteciam conforme a programação, a rotina, e ela a seguia.
Ela preferia não esperar nada, assim qualquer coisa que quebrasse a tediosa rotina seria uma alegria. As vezes era uma piada muito ruim que o fazia, outras era um acontecimento, e outras ainda eram causadas por amigos. Coisas que ficam gravadas na mente, e que você se elmbrara do dia passado por causa  delas. Naquele dia foi um acontecimento. 
Preparada para seu próximo compromisso, ela aguardava o tempo passar, tentando aproveita-lo como podia. Com seus amigos. Uma brincadeira, um sorriso, risadas, coisas bobas assim que fazem você se sentir leve, um momento único em que as preocupações simplesmente não importam.
E foi assim. Escondido entre risos e devaneios sobre o dia de amanhã que ela o recebe.
Um convite, uma oferta. Quer ? Claro, ela sempre quer algo novo, novo para ela, não importa o quão velho e ultrapassado seja para o resto do mundo, se é novo para ela, ela o quer. Ele a entrega.
Ela esta facinada. Nunca antes havia ganho um. Cores transformadas em sabores, uma doçura portátil, suave e diveertida. A neve invade sua lingua, gela sua boca, cores se transformando, o doce desce por sua garganta e sua lingua exisge mais.
Um sorriso estúpido lhe enche a boca e uma felicidade infantil alegra sua alma. Todos a olham como uma estranha, ela não liga, sua alegria é quase palpável. Algo de criança, algo de novo. Uma experiência nova e adorável. Sempre pensam que ela faz um grande alvoroço por coisas pequenas, mas para ela, as pequenas alegrias são as melhores, e sendo assim, devem ser sentidas com mais ardor e paixão. 
Ela havia ganho um simples geladinho. 



domingo, 14 de setembro de 2014

A Busca

Assim era ela. 
Embriagava-se em tudo que fazia,
Tinha a necessidade disso, 
Mergulhava em loucos amores
Afundava num mar de música, 
Tudo a enchia da mais virgem magia.
Admiravam-na, criticavam-na, difamavam e protegiam
Enquanto ela nem conta disso se dava
Estando tão envolta na mais plena euforia.
Poucos sabia, porém,
Que as ações dela eram motivadas
Não por inocência e alegria de estar viva
Mas sim pelo medo da seca.
Após embriagar, a fonte morre, e vem a ressaca.
Maldita ressaca que arrasta e castiga,
E leva consigo a magia
Deixando o frio que assola o coração só
No mar vil da sóbria realidade.
Sendo assim, pensa ela,
É melhor enbriagar-se novamente
Do que destruir o ser e a mente.
Em outra busca ela se atira,
Sem medir consequências ou inseguranças.
Em busca dela irá também, você que se acha são.
Pois contra a Paixão não há remédio, 
Tratamento ou solução.